E se o parto acontecer fora do hospital? - 2024
O nascimento de uma criança é uma bênção, e, diante de tamanha mudança na vida das pessoas, exige vários cuidados. Em vários casos, acontece de forma normal e dentro do ambiente hospitalar, com todas as condições, mas, e quando isso não acontece e o parto precisa ser fora: o que fazer?
1. Procure ajuda
Se você está com alguém em vias de dar à luz, uma parturiente, procure ajuda especializada. O melhor caminho é procurar profissionais que tenham experiência em resgate e orientação de pessoas em situações de emergência. Você pode ligar tanto para o Samu (192) como para os Bombeiros (193), em todo o território nacional.
2. Entenda o que é o trabalho de parto
Para saber se a grávida está entrando no trabalho de parto, é preciso ver o que está acontecendo com ela e pedir sua descrição, o que está sentindo. No trabalho de parto:
– Na primeira fase, vão acontecendo contrações até que o bebê entre no canal de parto. Depois, elas vão se tornando mais frequentes, como três a cada dez minutos, cada uma durando até um minuto.
– Na segunda fase, a grávida ou parturiente está com sensação intensa de dor pela expulsão do bebê, sentindo algo próximo a estar com vontade ou defecando (essa similaridade não é porque o bebê seja ruim, mas porque existe uma abertura de um canal e a saída de um corpo de dentro de si, sendo uma forma mais fácil de descrever).
– Após o parto, até uns trinta minutos, a placenta será eliminada. Sempre que possível, e se houver um recipiente limpo (como quando o parto ocorre em casa), ela deve ser guardada para a análise posterior de uma equipe de saúde.
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3. Informações e privacidade
O parto é um momento difícil. Existe o amor pelo bebê e a luta, principalmente nesses casos de parto natural, mas existe a dor também, e até um pouco de medo. Na formação dos bombeiros de Goiás, por exemplo, existe a orientação de que devem ser obtidas informações com a parturiente ou seu companheiro(a), sempre com o cuidado máximo de só perguntar o necessário e manter o local onde o parto ocorre na forma mais privativa possível. Os bombeiros possuem um cobertor térmico para esse fim.
4. Cuidados
Existem vários cuidados que podem ser tomados para que o parto seja bem-sucedido:
- Nunca tentar puxar a cabeça do bebê, pois o próprio movimento da grávida vai propiciar a saída.
- Existe uma substância gordurosa no corpo do bebê, que o torna mais escorregadio. Apesar de não puxar, tanto socorristas como alguém da família, se necessário, devem cuidar para que o bebê não saia repentinamente e caia.
- É muito bom que o bebê chore assim que nascer. Se isso não acontecer, é preciso fazer um estímulo específico, colocando-o de lado, friccionando as costas ou com cócegas nos pés. Em caso mais sério, aí cabe reanimação cardiopulmonar, um procedimento mais específico e que precisa de alguém que saiba fazer competentemente.
- O corte do cordão umbilical é um procedimento que só deve ser feito caso a unidade hospitalar seja distante a ponto de o atendimento do SAMU ou Bombeiros demorar mais de trinta minutos no transporte da mãe e de seu bebê. Não é uma urgência absoluta.
5. Casos de parto e de socorro médico
Quando o parto ocorre em decorrência de um trauma, é mais difícil que um leigo consiga dar o atendimento adequado, pois a necessidade de intervenção médica se torna maior. Não apenas está acontecendo o parto naquele momento, mas houve toda uma série de transformações com o corpo da grávida que a levaram ao momento do parto: mudanças na respiração, relação entre volume de sangue e hemácias, compressão do estômago, mudança do centro de gravidade, projetado para frente e mais para cima, dentre outras tantas.
Um socorrista médico ou bombeiro vai atender melhor nesses casos. Há ainda que se considerar que casos de violência, batidas, quedas e outros tantos também demandam socorro especializado por si sós.
Por fim,
Você entendeu um pouquinho mais sobre o que significa um trabalho de parto e quais são os sinais. Em alguns casos, uma pessoa bem intencionada e corretas orientações são suficientes para que tudo dê certo no momento de urgência, enquanto que outras situações e até momentos de trauma podem exigir auxílio especializado para a gestante e seu bebê, duas vidas que esperam brilhar juntas no mundo.
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