Tag: Livros conhecidos

Livros Mais Lidos

Dicas e Lista dos Livros Mais Lidos

livros-mais-lidos

Que a bíblia é o livro mais vendido do mundo, todo mundo já sabe. Mas hoje viemos aqui para falar dos romances mais lidos do mundo, e contar um pouco de sua história. Todos esses livros são clássicos da literatura mundial e valem muito a pena serem lidos. Pratique o hábito da leitura, por que ele vai te ajudar a se tornar uma pessoa mais interessante, viva e inteligente.

Nosso primeiro livro da lista dos livros mais lidos é um clássico da literatura europeia. Este livro marca a vida de dez entre dez adolescentes do mundo, mesmo tendo sido publicado no, nada atraente, século XIX. Em “Crime e Castigo”, Dostoiévski faz uma intricada imagem dos conflitos internos da consciência humana, pondo todo os complexos de culpa da humanidade na figura de Raskolnikof, um sujeito atormentado que decide matar uma moça, mas, surpreendido pelo acaso (pelo bem do interesse, não vou dizer o que aconteceu), ele acaba tendo de cometer outro crime, passando a vida inteira torturado pelo que fez. Tudo que há de mais tortuoso na natureza humana está sintetizado nos pensamentos desta personagem de Doistoiévski, que criou com maestria, aquele que é considerado o maior romance da história da humanidade. Até onde vai a consciência de um homem? Até onde a racionalidade justifica um comportamento condenável pela sociedade? Depois desta magnífica analogia sobre as noções humanas de culpa e punição, você nunca mais terá uma resposta objetiva a essas perguntas.

O segundo é um clássico dos livros mais lidos paradidáticos. No século XVII, Miguel de Cervantes criou o retrato de um homem enclausurado em suas próprias fantasias, a fim de provar que a criatividade e o coração sonhador, não são nada, se você não for um espírito livre, senão o berço da loucura. “Dom Quixote”, o romance publicado em duas partes em 1605 e 1615, mostra as desventuras de um homem enlouquecido pelos seus próprios miolos derretidos nos romances de cavalaria e heroísmo. Ao lado de seu sádico escudeiro Sancho Pança, Quixote lutará contra terríveis moinhos de vento e perigosos estaleiros de estrabarias, até voltar para casa no seu momento de redenção.

O nosso terceiro livro mais lido foi escrito algumas centenas de anos antes de Dom Quixote e levou nada mais nada menos que 15 anos para ficar pronto. Dante Alighieri era um homem atormentado pela igreja, que separava a população de sua cidade, Florença, na Itália, entre Purgatório e Inferno, dando o Paraíso para poucos, como sua amada Beatriz. Como vingança, Dante escreveu sua sátira de costumes, “A Divina Comédia”. Beatriz, o seu personagem narrador e o seu guia, Virgílio fazem um passeio entre os três níveis pós-morte da população, enquanto o último se exalta por escrever sua Eneida. Este livro é celebrado por fazer uma união rara entre o coloquial e o sofisticado, numa precisão de sentimentos e numa poesia tão bem escrita, que poucos tradutores conseguem transmití-la para fora de seu idioma original.

O quarto indicado é o mais perfeito retrato de por que as tragédias gregas falharam em traduzir a natureza humana: os gregos restabeleciam o equilíbrio no seu Deus Ex Machina. Neste “Hamlet”, de Shakespeare, o fim do personagem é como tudo na raça humana e o que ela já proferiu: ambígüo, desequilibrado e imperfeito. Nesta obra-prima do escritor inglês que melhor traduziu os tormentos de um homem de maneira atemporal, Hamlet sai em vingança contra o tio e a mãe, baseado em provas tão fracas quanto um delírio onde viu o fantasma de seu pai. A obra mais filosófica de Shakespeare é baseada em longos monólogos, quase sem ação, com diálogos solitários titânicos e inesquecíveis. Afinal, foi dessa obra rica e amadurecida, que Shakespeare forjou um dos seus mais conhecidos dizeres: “Ser ou não ser, eis a questão”.

O nosso quinto indicado na lista dos livros mais lidos é mais um russo, com uma das obras mais completas, envolventes e especiais da literatura mundial. Mais conhecido pelos seus livros “Guerra e Paz” e “Anna Karenina”. a maior história de guerra e a maior históeia de amor, é em “A Morte de Ivan Ilitch” que León Tolstói conseguiu o posto de escritor do maior romance da história, como é considerado por alguns. A escrita moralista e grandiloquente pode ser estranha para alguns, mas o personagem que Leon Tolstói traçou em Pedro Ivanovitch consegue prender a atenção do leitor, apenas pelas dez primeiras páginas, onde o escritor mostrou o perfeito retrato de um carreirista, que tinha as duas piores características do ser humano: a mesquinhez e a presunçosa crença de que nunca vai morrer. A própria vida covarde e medíocre de Pedro, será a face da morte. Fascinante.

Mais um sucesso nas prateleiras da escola, que as crianças nem sempre conseguem entender. Jonathan Swify, um grande idealista e panfletário escreveu que “neste livro, quero mais envergonhar a humanidade do que divertí-la”. E foi com essa premissa que “As Viagens de Gulliver” foi escrito em 1726, para inaugurar a linguagem moderna da prosa inglesa. As crianças e os adolescentes podem não perceber, mas Gulliver, em suas viagens, topa com um dos retratos mais ácidos da pretensão e do egoísmo humano, encontrando com estranhos seres imediatistas, egoístas e falsos, como os Yahoos, raça suja e degradada que é, tristemente, muito semelhante a humanidade. E foi assim que Swift provou que o orgulho humano não é lá tão racional.

É claro que não poderíamos deixar de citar os escritores gregos. Homero já tem seu nome ligado a grandes épicos e esforços dignos dos deuses gregos. E não é pra tanto. A criatividade e a invenção melódica da narrativa criada por Homero em “A Odisséia”, um dos livros mais lidos onde o herói Ulisses (Odisseu), tenta voltar para sua terra, depois de vencer os troianos numa batalha, acaba por encontrar os seres mais estranhos e fascinantes da literatura clássica. A Odisséia é a prova de que um homem deve estar sempre centrado e se apegar a suas virtudes, para não afundar no abismo dos seus próprios desejos e sentimentos. Se fosse o último livro na face da Terra, o planeta ainda teria uma salvação.

E partindo dessa premissa, chegamos ao nosso oitavo livro. É uma idéia tão óbvia, que chega a ser ambiciosa. Na Irlanda dos conturbados anos 20, um escritor muito excêntrico e extravagante teve a idéia de adaptar a “Odisséia” de Homero para o imediatismo da nossa vida na modernidade. Ele criou uma compactação incrível no seu livro “Ulisses”, em que um personagem perambula pelas ruas de Dublin, para encontrar três estranhas almas tão atormentadas quanto ele, para viver uma tempestade de sentimentos que resume em 24 horas, os dez anos de luta que Odisseu viveria na sua “Odisséia”. E essas três almas ao mesmo tempo, de aparência comum e de hábitos estranhos, nos trazem o estranho sentimento de que tudo é muito familiar e muito hostil.

Você já deve ter ouvido alguém falar a expressão “Em busca do tempo perdido”. Mas você já ouviu falar de Proust? Na França da Belle Époque, se traça o cenário das histórias escritas pelo genial escritor, que lançou seu romance em sete volumes,entre 1913 e 1927, sendo considerado o maior romance do século XX, seja pelo tamanho, como pela complexidade. O intricado quebra-cabeça de estilo poético, apresentando centenas de cenas e histórias, de painel a painel, de imagem a imagem, numa espiral de nuances e sentimentos tão grande, que não se pode resumir esse livro, sem prejudicar a experiência. O minimalista e o grandioso nunca se debruçaram um sobre o outro de tal maneira, antes. Leitura obrigatória.

Charles Baudelaire é a prova viva de que o crítico não é um criador frustrado. Sua prova é o seu livro mais lido de poesias sobre o tédio e a hipocrisia humana, “As Flores do Mal“, que foram acusados de blasfêmia e obscenidade. Mas o livro do francês tem mais leveza e suavidade do que se pensa, e o triunfo de ter preparado o terreno para a linguagem moderna da literatura se deu, por que Baudelaire sabia unir o eloqüente ao dissonante e o imperfeito, indo do sussurro ao grito, da carícia ao castigo, criando uma experiência vital e obrigatória para todo amante da literatura. Charles ainda foi crítico de música e de pintura, o que só o torna um artista mais completo e conceituado.

Antes que o texto fique muito longo e você seja engolido por todas essas resenhas sobre livros tão fascinantes, vou resumir aqui a minha lista, colocando apenas o nome de mais alguns livros tão grandiosos quanto os quais já citei. Alguns títulos dos livros mais lidos são:

Ilusões Perdidas, de Honoré de Balzac

O Vermelho e o Negro,de Stendhal

Madame Bovary,de Gustave Flaubert

Tom Jones,de Henry Fielding

Nicholas Nickleby,de Charles Dickens

Emma,de Jane Austen